sábado, 24 de setembro de 2011


Educação Ambiental
*Maria Vitória Ferrari Tomé   
    Problemas ambientais são, de modo geral, comportamentais, seja por comportamento individual ou grupal, em grupos casuais ou sistematizados. Se a visão individual fosse correta, por conseqüência natural, a visão coletiva também o seria, em todos os níveis.
    Problemas comportamentais são gerados, principalmente, pela visão imediatista e compartimentalizada, que se aprende em casa e na escola e que cedo se incorpora aos hábitos. A sociedade moderna produz indivíduos que não têm visão de causas e conseqüências, sequer a curto prazo. Uma das contribuições para esse tipo de aprendizado é a divisão do conhecimento em áreas isoladas, da pré-escola à universidade.
    Para que serve então a Educação, se não para harmonizar o indivíduo ao seu ambiente, tornando-o um cidadão? A verdadeira Educação é ambiental em sua essência, uma vez que o planeta não é uma somatória de sujeitos isolados por redomas.
    Porém, apesar de muitas iniciativas anteriores, a educação começou a se tornar oficialmente ambiental, em termos planetários, com a Conferência de Tbilisi, em 1977, promovida pelas Nações Unidas, onde foram sistematizados os princípios da Educação Ambiental que se preconizam até hoje.
    Mas o que é e para que serve realmente a Educação Ambiental?
    Em meio a uma série de conceitos, características, princípios e objetivos, talvez isso ainda não esteja muito claro. Porém, pode-se dizer que a Educação Ambiental não vai resolver os problemas da escola brasileira, não pode ser uma imposição de temas e materiais didáticos, e, principalmente, não deve dissociar o meio natural das questões sociais.
    Que não seja tratada de forma autoritária, sectária, que não chegue às escolas como um super-herói alienígena, um salvador da pátria, um modelo pré-concebido e muito bem sucedido no "primeiro mundo", mas seja um movimento com bases reais, que surja da participação e consideração das angústias dos educadores e educandos. Que seja construído a partir da leitura que a comunidade faz da realidade em que se insere. Que traga realmente o diálogo, o respeito às diferenças individuais, a interdisciplinaridade, e o consenso!
    Sua tônica deve ser a de conectar as várias áreas do conhecimento, com noção de encadeamento dos fatos. E que o aprendizado se concretize em mudança de comportamento, por adoção de uma nova filosofia de vida. Que as pessoas possam se conscientizar de seu papel na engrenagem e da importância e consequência de suas ações.


* Engenheira Florestal, Especialista em Biologia Vegetal, MSc. em Agronomia pela Universidade Estadual de Londrina, com experiência em Educação Ambiental formal e informal, gerenciamento de projetos de conservação ambiental. Presta serviços de consultoria, produção de material didático e cursos de capacitação em Educação Ambiental.

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